Segunda, 25 de fevereiro de 2013
O procurador chefe do Trabalho do Ministério Público da Paraíba, Eduardo Varandas, demonstrou insatisfação com as políticas públicas adotadas pelo Brasil em relação ao combate do trabalho infantil e disse que população também é responsável pelo problema.
Para Varandas, a exploração do trabalho infantil é uma ação de parcerias e que o MP sozinho não pode remediar o problema. “É necessário que haja uma conjunção dentro do poder público, além de uma conscientização da própria população, que é também culpada por naturalizar a miséria e não encarar o trabalho infantil como delito”, declarou.
O procurador salientou que esta é uma luta "enorme" sendo não só uma questão jurídica, mas um problema econômico e social. “É um problema que existe a céu aberto, que as pessoas toleram. Existe a apologia a miséria. É como se criança pobre só tivesse 2 opções: trabalhar ou ir pra marginalidade”, disse.
De acordo com Varandas é preciso políticas publicas de geração de emprego e não “políticas assistenciais alienistas que acomodam um exercito de brasileiros sem acesso a emprego e educação”, disse criticando o Bolsa Família.
“Precisamos gerar empregos para os pais dessas crianças por que o trabalho infantil vem da miséria e nenhuma sentença de juiz vai resolver este problema. Enquanto houver famílias abaixo da linha da pobreza haverá trabalho infantil”, sentenciou.
Da Redação com Cybele Soares