Segunda, 30 de julho de 2012
Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba
Para o triênio 2012/2015, foi empossado na presidência do Sindicato dos Bancários na Paraíba, Marcos Henriques, na sexta-feira (27) à noite. Marcos Henrique afirmou ao portal que uma das maiores preocupações da categoria no Estado é com a questão da segurança pública. Segundo os dados do Sindicato, em 2011 foram registradas 23 mortes violentas nas agências bancárias da Paraíba. De janeiro a junho deste ano já foram 27 assassinatos.
Esses números contabilizam invasões violentas de criminosos armados nas agências. Os crimes foram cometidos contra funcionários de bancos, clientes e seguranças. Três agências do interior do Estado foram metralhadas, segundo o Sindicato dos Bancários da Paraíba.
O presidente do Sindicato reconhece que a Secretaria de Segurança Pública reduziu o número de assaltos a bancos e também de explosões de caixas eletrônicos. No entanto, o Sindicato dos Bancários quer mais investimentos em segurança por parte dos bancos.
Marcos Henriques elogiou a lei municipal em João Pessoa que instituiu o biombo separando os clientes dos caixas dentro das agências bancárias. Segundo ele, a lei aprovada pela Câmara de Vereadores está sendo copiada em muitas capitais do país.
Henriques quer a aprovação, pela Assembleia Legislativa, de uma lei estadual que obriga o monitoramento integrado de câmeras instaladas do lado de fora das agências. O projeto é de autoria da deputada estadual Gilma Germano (PPS) e tramita nas comissões desde o ano passado. Os custos dessas instalações serão assumidos pelos bancos. As câmeras enviariam imagens para os órgãos públicos de segurança.
O presidente do Sindicato dos Bancários quer que os banqueiros assumam esses investimentos. Para reduzir seus custos, os banqueiros estão propondo a retirada das portas eletrônicas com detector de metais”, disse. “Os banqueiros investem apenas 5% dos seus lucros em segurança”.
Salários
A categoria tem, nas próximas semanas, negociações intensas com os banqueiros. Quer reposição de 10,25% dos salários, índice que representa a inflação oficial acumulada no primeiro semestre do ano, mais 5% a título de participação nos lucros dos bancos. Não está descartada a greve nas agências bancárias da Paraíba.
A média salarial dos bancários na Paraíba é de R$ 2,6 mil. O piso atual é de R$ 1,6 mil.
Da Redação com Hermes de Luna